quarta-feira, 14 de agosto de 2013

No meio do caminho tinha uma corrida...

Sou uma entusiasta pelas corridas, amo correr mas com sobrepeso e a minha última prova foi decisivo na minha decisão pela dieta. Segue aqui um relato que eu publiquei na página da Corridas Unimed no Facebook  dias atrás. 
https://www.facebook.com/CorridasUnimed/posts/454398651324960

Mais uma corrida, mas foi diferente.
Classificação: Último lugar... sim, eu cheguei em último lugar... deve ser um orgulho pra qualquer mãe né não?
Sabe, essa foi de longe a prova mais complicada e cansativa que enfrentei esse ano. Não sou muito fã de provas noturnas, por uma série de fatores além do mais eu estava sem treino, sem condicionamento, sem vontade, sem motivação. Confesso que logo nos dois primeiros Km eu pensei seriamente em desistir pq td doía, os tornozelos queimavam, os joelhos sentiam a carga e o sobrepeso, a respiração faltava e o coração queria literalmente sair pela boca e aí vc olha pra trás e lá está ela a implacável Ambulância da Unimed (sim, eu logo nos primeiros KM já tinha definido a minha péssima colocação) a sensação de ter a ambulância carinhosamente conhecida como CATA-OSSO (nome sugestivo não?) não é das melhores, vc ouve o barulho do motor, o calor do motor é como se fosse um monstro que quer te comer sem piedade, claro que não é assim tão trágico mas no meu mundo fantástico eu vejo as coisas por outro ângulo. Ao chegar ao 3 km eu tinha plena convicção de que eu ia parar e me deixar "devorar" pela ambulância, igual aqueles animais nas savanas africanas que desistem de lutar e sucumbem ao leão feroz e faminto. (percebe o drama? to demais hoje não?) mas, aí surge no meio da rua uma pessoa que já tinha passado por mim mas voltou pra ter certeza que o leão, digo, a ambulância não tinha me pegado (um verdadeiro anjinho que surgiu ela desistiu de tentar correr e chegar um pouco melhor do que eu e resolveu me acompanhar... daí em diante foi a minha companhia junto é claro da ambulância e os caras de bike que ficam de apoio... foram muitos os pensamentos, afinal tive mais de 1h30 minutos pra pensar na vida, ouvir música, beber água, pausa pra cafezinho (to brincando, não teve cafezinho).
O momento mais tenso foi atravessar as ruas interditadas e perceber que tinha uma fila imensa de carros esperando nem tão pacientemente a passagem da última pessoa correndo... ouvi diversas vezes "olha aí, vc tá de fechar o trânsito hoje" e era engraçado... fechei várias vezes pra desespero do motorista londrinense por isso meninos e meninas, cuidado comigo quando estiver dirigindo e eu estiver correndo.
Eu jamais poderia deixar de mencionar o carinho das pessoas que ao invés de fazerem piadinhas maldosas simplesmente olham e dizem, "vai lá garota! não desiste! Parabéns" tinha até lugares com torcida e isso foi legal. Se as pessoas soubessem que cada incentivo ou palmas recebidos é como um empurrãozinho na alma da gente.
a chegada foi demais pois, não tinha ninguém do grupo esperando, não tinha ninguém da minha família lá, não tinha fotógrafos mas tinha uma galera imensa da organização vibrando e incentivando era só eu e a linha de chegada.
Ao chegar a estranha constatação do meu GPS, marcar 15km ao invés dos 10km talvez ele tenha marcado o cansaço sentido ao invés do percurso real.
De qualquer forma eu quero agradecer a Deus pelo cuidado com a minha vida, a minha família que sempre me acha louca de ir correr pra não ganhar nada e ao grupo de corrida da Marcia Peres Peres que sempre incentiva dizendo "o importante é chegar"
Chegar em último lugar não significa nada, significa somente que vc não desistiu e isso pra mim é o mais importante.
 Eu acabada logo após o percurso de 10k.

Aqui é a Galera do Clube de Corrida da Associação Médica de Londrina logo após a prova. Tá vendo aquela moça de bonezinho branco? Pois bem, guardem bem o nome dela é Andrea Cazella a minha musa inspiradora na aventura com a dieta.

 


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Fotógrafa, Publicitária, Designer, Mãe, Artesã, Promoter enfim sou multifuncional.