Sou uma entusiasta pelas corridas, amo correr mas com sobrepeso e a minha última prova foi decisivo na minha decisão pela dieta. Segue aqui um relato que eu publiquei na página da Corridas Unimed no Facebook dias atrás.
https://www.facebook.com/CorridasUnimed/posts/454398651324960
Mais uma corrida, mas foi diferente.
Classificação: Último lugar... sim, eu cheguei em último lugar... deve ser um orgulho pra qualquer mãe né não?
Sabe, essa foi de longe a prova mais complicada e cansativa que
enfrentei esse ano. Não sou muito fã de provas noturnas, por uma série
de fatores além do mais eu estava sem treino, sem condicionamento, sem
vontade, sem motivação. Confesso que logo nos dois primeiros Km eu
pensei seriamente em desistir pq td doía, os tornozelos queimavam, os
joelhos sentiam a carga e o sobrepeso, a respiração faltava e o coração
queria literalmente sair pela boca e aí vc olha pra trás e lá está ela a
implacável Ambulância da Unimed (sim, eu logo nos primeiros KM já tinha
definido a minha péssima colocação) a sensação de ter a ambulância
carinhosamente conhecida como CATA-OSSO (nome sugestivo não?) não é das
melhores, vc ouve o barulho do motor, o calor do motor é como se fosse
um monstro que quer te comer sem piedade, claro que não é assim tão
trágico mas no meu mundo fantástico eu vejo as coisas por outro ângulo.
Ao chegar ao 3 km eu tinha plena convicção de que eu ia parar e me
deixar "devorar" pela ambulância, igual aqueles animais nas savanas
africanas que desistem de lutar e sucumbem ao leão feroz e faminto.
(percebe o drama? to demais hoje não?) mas, aí surge no meio da rua uma
pessoa que já tinha passado por mim mas voltou pra ter certeza que o
leão, digo, a ambulância não tinha me pegado (um verdadeiro anjinho que
surgiu ela desistiu de tentar correr e chegar um pouco melhor do que eu e
resolveu me acompanhar... daí em diante foi a minha companhia junto é
claro da ambulância e os caras de bike que ficam de apoio... foram
muitos os pensamentos, afinal tive mais de 1h30 minutos pra pensar na
vida, ouvir música, beber água, pausa pra cafezinho (to brincando, não
teve cafezinho).
O momento mais tenso foi atravessar as ruas
interditadas e perceber que tinha uma fila imensa de carros esperando
nem tão pacientemente a passagem da última pessoa correndo... ouvi
diversas vezes "olha aí, vc tá de fechar o trânsito hoje" e era
engraçado... fechei várias vezes pra desespero do motorista londrinense
por isso meninos e meninas, cuidado comigo quando estiver dirigindo e eu
estiver correndo.
Eu jamais poderia deixar de mencionar o carinho
das pessoas que ao invés de fazerem piadinhas maldosas simplesmente
olham e dizem, "vai lá garota! não desiste! Parabéns" tinha até lugares
com torcida e isso foi legal. Se as pessoas soubessem que cada incentivo
ou palmas recebidos é como um empurrãozinho na alma da gente.
a
chegada foi demais pois, não tinha ninguém do grupo esperando, não tinha
ninguém da minha família lá, não tinha fotógrafos mas tinha uma galera
imensa da organização vibrando e incentivando era só eu e a linha de
chegada.
Ao chegar a estranha constatação do meu GPS, marcar 15km ao
invés dos 10km talvez ele tenha marcado o cansaço sentido ao invés do
percurso real.
De qualquer forma eu quero agradecer a Deus pelo
cuidado com a minha vida, a minha família que sempre me acha louca de ir
correr pra não ganhar nada e ao grupo de corrida da Marcia Peres Peres
que sempre incentiva dizendo "o importante é chegar"
Chegar em último lugar não significa nada, significa somente que vc não desistiu e isso pra mim é o mais importante.
Eu acabada logo após o percurso de 10k.
Aqui é a Galera do Clube de Corrida da Associação Médica de Londrina logo após a prova. Tá vendo aquela moça de bonezinho branco? Pois bem, guardem bem o nome dela é Andrea Cazella a minha musa inspiradora na aventura com a dieta.
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