Galera dos 15km. Gente que admiro demais pela força, garra e determinação, aprendi muito com cada um deles. |
Topei o desafio que no ano passado por um motivo mais que especial havia sido abortado, fui madrinha de casamento de amigos meus e desisti sem pensar muito pq honra maior que esta é difícil. Mas esse ano eu resolvi encarar os temíveis 15km dentro de Londrina, pra quem conhece a cidade sabe que tem muitas subidas e é bem penoso o calor em Dezembro mas nada além das forças.
Havia passado a madrugada como sentinela ao lado da cama da minha filha de 3 anos que teve febre alta e estava péssima naquela madrugada, as 5 da matina o termômetro marcava 39,5º de febre e vc se vê impotente diante do remédio que não surtia efeito, do corpinho da filha prostrado na cama ardendo em febre, juro que pensei em simplesmente largar td e correr pro hospital mais próximo com ela, pq ao tentar dar outro medicamento, simplesmente ela se recusava a tomar. Tentei insistir pra que ela tomasse o remédio e falei "filha se vc não tomar remédio a mamãe não pode sair de perto de vc e não baixar a febre teremos que ir pro médico, a mamãe queria tanto correr e trazer uma medalha pra vc!" Foi quase que mágico quando disse isso, pq ela sentou na cama, pegou o paninho pra limpar a boca e pediu pra tomar o remédio, tomou e falou "agora vou ficar deitadinha pra febrinha ir embora mamãe e aí vou ganhar uma medalha" chorei ao ver tanta fofura num serzinho tão indefeso. E na conversa com o marido logo que a febre começou a baixar decidimos que poderia ir "tranquila" pra corrida... aí te pergunto: Como a gente consegue fazer isso? Confesso que sai de casa com o coração apertado e me sentindo culpada por "deixar" a filha acamada o marido ficou cuidando dela até que eu voltasse.
A largada foi as 8 horas da manhã com um dia de muito sol, brisa suave e o calor começando a apertar logo cedo... a adrenalina tomou conta logo nos primeiros km, mas a cabeça estava aturdida ainda pensando na filha que ficou em casa, aí lembrei que ela queria uma medalhinha pra ela pq ela foi boazinha e tomou todo o remedio e prossegui, fui acompanhada da amiga Andrea Ferraz do começo até o final do percurso juntamente com o "zequinha da bike" a "fada madrinha da água gelada e do isotônico" o marido dela o Marco que foi fundamental. Rolou muita foto, muita conversa, muito incentivo e foi muito bacana.
Desta vez o cansaço foi muito menor do que nos 12km da semana anterior, mas ir durante o caminho recapitulando td que passei, as dificuldades, as lesões, o desânimo que quase me fez desistir, a cura da minha hipertensão, e a promessa da medalha pra pequena dodói e a mudança toda que eu passei só me fez seguir em frente.
Foi uma prova tranquila sem problemas, trechos lindos da cidade os Lagos, Zerão, Barragem, Jd Bela Suíça, novamente os Lagos 2 e 3, o Aterro do Igapó e a gente ia curtindo o momento e conversando sobre a vida, filhos e o que viria pela frente no ano seguinte. A emoção só começou a tomar conta após a chegada no Vale do Rubi. Recordo que nos km finais depois de 11km o calor tava apertando mas desistir estava fora de cogitação naquele momento, afinal quem fez 11 fazia 15... faltava pouco e o negócio era prosseguir sem esmorecer, nada que um gole de água gelada não resolvesse naquele momento... aí foi que no último posto de água aos 13km já comecei a sentir os calafrios, arrepios e comecei a ouvir o sistema de som na linha de chegada, daí em diante foi só emoção... as lágrimas começaram a encher os olhos, aí vc reencontra alguém que correu com vc na última corrida e estava tão emocionada quanto eu... vc troca palavras de incentivo, aperta a mão do "amigo" que vc sequer sabe o nome, deseja muita força e sucesso na chegada e aí começa uma série de sensações... afinal o corpo tá pedindo pra vc parar, os pés doendo, os dedos latejando, a cabeça tá mandando prosseguir, o coração disparado e a respiração ficando ofegante, o pensamento na filha doentinha e logo veio o choro, confesso que assim que avistei o pórtico de chegada comecei a chorar e assim que avistei uma amiga querida a Adriane me esperando pra me acompanhar até a linha de chegada e não contive a emoção e desabei em mais choro... foi um choro bom, chorar de emoção por conquistar algo que até então semanas antes era algo totalmente fora de cogitação.
Ao cruzar a linha de chegada em 1h33m e ser recebida por toda turma do grupo de corrida foi demais!
O primeiro abraço foi o mais apertado, talvez eu tenha esquecido de agradecer, mas significou muito Iramar! |
nessa hora vc nem sabe se ri ou chora mais! |
Me fez chorar e chorou comigo! Amo demais! |
Bem nem tudo foram flores, sobraram bolhas nos pés, 4 unhas roxas e descoladas, queimadura de sol nos ombros, mas sabe de uma coisa? Faria td novamente só pra poder sentir aquela satisfação imensa da chegada. Mas chegar em casa e ver uma garotinha sem febre esperando a "medalhinha" dela foi a parte mais gostosa do dia, faltou a foto disso mas tem momentos que a gente prefere guardar no coração mesmo.
Galera Show do Grupo Saúde! Obrigada pelo apoio sempre! |
Agradeço a Deus pelo cuidado imenso! Essa prova foi demais pro coraçãozinho!
Agradeço a Deus todos os dias por conhecer vc e estar tendo a honra de participar um pouquinho disso tudo ��
ResponderExcluiroi minha amada, vc foi uma das minhas inspirações pra que td isso começasse acontecer... vc é importante demais pra mim! Obrigada por sua amizade e carinho ;) bjaum frô do maracujá!
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